Participaram do encontro empresários e representantes de instituições que fazem o encaminhamento dos jovens
A Lei do Jovem Aprendiz está em vigor desde 2000, mas muitas empresas ainda resistem em cumprir a legislação. O assunto foi tema de um encontro de sensibilização nos últimos dias, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (ACIA), reunindo empresários, sindicatos e instituições que fazem o encaminhamento dos jovens. Mais do que o cumprimento da norma, na visão das entidades, é necessário que os empresários atentem para o cunho social da medida.
De acordo com Aida Assunção, presidente do Sindicato Varejista de Apucarana (Sivana) e da Escola de Desenvolvimento Humano Casa do Caminho (Edhucca), existem atualmente quatro instituições que fazem o encaminhamento de jovens para as empresas. Além da Edhucca, há a Fachisa Apoio e Qualificação Profissional, Senac e Agência do Trabalhador. “E há uma dificuldade extrema para inserir esses jovens no mercado de trabalho. Somente a Edhucca tem 90 vagas, mas as empresas não abrem as portas”, afirma Aida.
O mesmo cenário se repete na Agência do Trabalhador, que possui um banco de dados com mais de 200 jovens à espera de uma oportunidade. “Estamos lutando para colocar à disposição um serviço gratuito para os jovens e empresários. Algumas empresas já receberam a notificação do Ministério do Trabalho na questão do deficiente físico e o mesmo deve acontecer com o Jovem Aprendiz. É lei e tem que ser cumprida”, assinala Lucas Leugi, gerente da Agência do Trabalhador de Apucarana, citando ainda que o órgão está colocando em prática outras ações para melhorar a empregabilidade, entre as quais está reativação do Conselho Municipal do Trabalho e a estruturação da equipe com profissionais das áreas de assistência social e de psicologia.
Além da questão legal, as entidades fizeram um apelo destacando a função social da contratação de jovens aprendizes. “Todos nós precisamos fazer alguma coisa pelos nossos jovens. Além de cumprir a legislação, queremos também que o empresário se sinta comprometido com a sociedade. A oportunidade dada ao jovem é uma porta que se abre”, frisa Tânia Assunção Caldeira, que há 24 anos presta serviços voluntários na Edhucca. “Pesquisas indicam que cada pessoa envolvida com drogas atinge diretamente outras 30 pessoas. Vamos fazer, a partir dessa reunião, o inverso, atingindo positivamente 30 pessoas e sendo multiplicadores dessa boa ideia”, conclamou.
O Senac atende, em Arapongas, o caso de um jovem de 14 anos que teve experiência com drogas e que foi encaminhado pela instituição. “Aos 12 anos, ele já estava internado em um local de recuperação de drogados. Essa oportunidade foi uma tábua de salvação e uma forma de mantê-lo longe do traficante. As empresas não devem esperar serem notificadas e precisam colocar o coração, ajudando a tirar o menor da rua”, salienta Agnaldo Alves Cassimiro, gerente executivo do Senac.
O QUE É -A Lei no 10.097/2000 determina que todas as empresas de médio e grande porte contratem um número de aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários. O aprendiz é o jovem, com idade entre 14 e 24 anos, que estuda e trabalha, recebendo, ao mesmo tempo, formação na profissão para a qual está se capacitando. Deve cursar a escola regular, estar matriculado e frequentando instituição de ensino técnico profissional conveniada com a empresa. O jovem trabalha com carteira assinada, recebe a partir de meio salário mínimo e a jornada não pode ser superior a 6 horas diárias. (Assessoria PMA)
10/07/2014 16:07:02
Participaram do encontro empresários e representantes de instituições que fazem o encaminhamento dos jovens
A Lei do Jovem Aprendiz está em vigor desde 2000, mas muitas empresas ainda resistem em cumprir a legislação. O assunto foi tema de um encontro de sensibilização nos últimos dias, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (ACIA), reunindo empresários, sindicatos e instituições que fazem o encaminhamento dos jovens. Mais do que o cumprimento da norma, na visão das entidades, é necessário que os empresários atentem para o cunho social da medida.
De acordo com Aida Assunção, presidente do Sindicato Varejista de Apucarana (Sivana) e da Escola de Desenvolvimento Humano Casa do Caminho (Edhucca), existem atualmente quatro instituições que fazem o encaminhamento de jovens para as empresas. Além da Edhucca, há a Fachisa Apoio e Qualificação Profissional, Senac e Agência do Trabalhador. “E há uma dificuldade extrema para inserir esses jovens no mercado de trabalho. Somente a Edhucca tem 90 vagas, mas as empresas não abrem as portas”, afirma Aida.
O mesmo cenário se repete na Agência do Trabalhador, que possui um banco de dados com mais de 200 jovens à espera de uma oportunidade. “Estamos lutando para colocar à disposição um serviço gratuito para os jovens e empresários. Algumas empresas já receberam a notificação do Ministério do Trabalho na questão do deficiente físico e o mesmo deve acontecer com o Jovem Aprendiz. É lei e tem que ser cumprida”, assinala Lucas Leugi, gerente da Agência do Trabalhador de Apucarana, citando ainda que o órgão está colocando em prática outras ações para melhorar a empregabilidade, entre as quais está reativação do Conselho Municipal do Trabalho e a estruturação da equipe com profissionais das áreas de assistência social e de psicologia.
Além da questão legal, as entidades fizeram um apelo destacando a função social da contratação de jovens aprendizes. “Todos nós precisamos fazer alguma coisa pelos nossos jovens. Além de cumprir a legislação, queremos também que o empresário se sinta comprometido com a sociedade. A oportunidade dada ao jovem é uma porta que se abre”, frisa Tânia Assunção Caldeira, que há 24 anos presta serviços voluntários na Edhucca. “Pesquisas indicam que cada pessoa envolvida com drogas atinge diretamente outras 30 pessoas. Vamos fazer, a partir dessa reunião, o inverso, atingindo positivamente 30 pessoas e sendo multiplicadores dessa boa ideia”, conclamou.
O Senac atende, em Arapongas, o caso de um jovem de 14 anos que teve experiência com drogas e que foi encaminhado pela instituição. “Aos 12 anos, ele já estava internado em um local de recuperação de drogados. Essa oportunidade foi uma tábua de salvação e uma forma de mantê-lo longe do traficante. As empresas não devem esperar serem notificadas e precisam colocar o coração, ajudando a tirar o menor da rua”, salienta Agnaldo Alves Cassimiro, gerente executivo do Senac.
O QUE É - A Lei no 10.097/2000 determina que todas as empresas de médio e grande porte contratem um número de aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários. O aprendiz é o jovem, com idade entre 14 e 24 anos, que estuda e trabalha, recebendo, ao mesmo tempo, formação na profissão para a qual está se capacitando. Deve cursar a escola regular, estar matriculado e frequentando instituição de ensino técnico profissional conveniada com a empresa. O jovem trabalha com carteira assinada, recebe a partir de meio salário mínimo e a jornada não pode ser superior a 6 horas diárias. (Assessoria PMA)
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